Com objectivo de permitir aos parceiros um maior conhecimento sobre as áreas e as actividades em curso e preparar a estratégia de sustentabilidade após a conclusão da primeira fase de implementação do Programa Mecanismo de Recuperação de Moçambique (MRF) que durou 6 (seis) meses (Julho a Dezembro 2020), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a FRUTICAD, promoveram um Dia de Campo, nas aldeias de Nanjua e Tratara, no 04 de dezembro, no distrito de Metuge.
O evento contou com a presença de representante do Governo do Distrito de Metuge, Serviço Distrital de Actividades Económicas (SDAE), Serviço Distrital de Planeamento e Infra-estruturas (SDPI), o Secretário do Bairro de Mahate, as Estruturas locais e Parceiros. Este processo foi liderado pela equipa técnica da FRUTICAD e conduzido pelos pontos focais.
O dia de campo foi organizado em estações localizadas nas áreas onde estão implamentadas as principais componentes e teve como finalidade expôr o que foi desenvolvido pelo projecto, assim como divulgar as actividades realizadas, em curso e as planificadas em termos de continuidade e de sustentabilidade futura.
Ao todo, os convidados visitaram as 7 estações constituidas, obdecendo ao seguinte roteiro:
A primeira estação, visitada foi em Milamba, os convidados interagiram com o grupo de 20 beneficiários da actividade económica “produção de sal em salinas”.
Obs. Este grupo é contituído por 13 mulheres e 7 homens e já se tornou sustentável com a produção de 900 kg de sal.
Na segunda estação, localizada em Nanjua 1, os convidados tiveram a oportunidade de conhecer 1 dos 4 apiários implantados nas 2 comunidades (Nanjua e Tratara) e interagir com 10 dos 20 beneficiários dos kits de resiliência e de formação em apicultura.
Obs. No total esta componente beneficiou 40 apicultores emergentes, que receberam (cada um) um kit constituído por equipamento de protecção, material de trabalho e 5 colmeias modelo langstroth.
Na terceira estação, os convidados tiveram a opotunidade de visitar, conhecer e interagir com os viveiristas dos 5 centros de produção de mudas de árvores de fruto e de sombra.
Obs. No total foram beneficiados 50 viveiristas, organizados em 5 grupos de viveiros, constituídos por 10 elementos. Cada grupo recebeu um kit constituído por material de rega e de trabalho, equipamento e material de enxertia, sacos plásticos, fertilizantes, pesticidas e rede de sombra.
Na quarta estação, os convidados visitaram a exposição dos produtos de olaria local e tradicional, produzidos pelo grupo de mulheres idosas e deslocadas, na sua maioria chefes de familias. Esta actividade incluí também, a visita ao alpendre e ao centro de venda construídos através dos trabalhos temporários.
Obs. O grupo de olaria é constituído por 15 mulheres idosas e chefes de familia. A maior parte delas é proveniente de algumas aldeias do vizinho distrito Quissanga, que tiveram de abandonar devido à situação de insegurança.
Na quinta estação, os convidados interagiram com um grupo de poupança e crédito rotativo (PCR´s), onde decorreu uma demonstração sobre o processo de poupança e a apresentação dos resultados.
Obs. O projecto apoiou em Metuge um total de 4 Grupos PCRs constituidos por 91 mulheres, que se beneficiaram de acções de treinamento e de kits de trabalho constituidos por manuais, cadernos e folhas de registo colectivos e individuais, lona e cofre com cadeados.
Na sexta estação, foi visitado o centro de alfaiataria com 20 beneficiários (12 mulheres e 8 homens).
Obs. O projecto beneficiou 20 alfaiates (homens e mulheres) que pretendiam reactivar e/ou começar com o negócio de alfaiataria, entregando kits constituidos por máquinas de costura e material diverso de uso em alfaiataria.
Por último, na sétima estação, os convidados tiveram a oportunidade de ouvir e colher histórias de progresso dos beneficiários dos grupos de carpinteiros e de pedreiros.
Obs. Foram apoiados pelo projecto um total 40 Carpinteiros e 40 Pedreiros que pretendiam reactivar os seus negócios, parados devido à insegurança e aos problemas causados pelo ciclone Kenneth.
O UNDP juntamente com a FRUTICAD, por meio do Programa Mecanismo de Recuperação de Moçambique (MRF), procederam nos dias 02 e 03 de dezembro com a entrega de kits de ferramentas para o inicio de actividades a 40 jovens nas aldeias de Nanjua e Taratara, no distrito de Metuge e nos bairros de Muxara e Mahate, em Pemba.
Ao todo, foram entregues 40 kits de carpintaria compostos por brocas, esquadros, serrotes, berbequins, martelos, raspadeiras, lixas, esmeriladora, fitas métricas, verniz, limas, cola de madeira, jogo de chaves, plainas e lixadeiras.
A entrega deste material encontra-se enquadrada no programa MRF, que ajuda a acelerar a recuperação e a criar resiliência após a devastação provocada pelos ciclones Idai e Kenneth. Esta iniciativa está a contribuir para a restauração dos meios de subsistência e, ao mesmo tempo, fortalecer a resiliência da comunidade contra futuros desastres.
Para Selemane Anlaue Moliala, representante do Secretário do bairro de Muxara, que procedeu com a entrega dos kits “agradeço em nome do Senhor Secretário e em nome do bairro de Muxara, pelo gesto e por esta entrega que vem melhorar e recuperar os meios de subsistência que a maioria de nós perdemos. Estas ferramentas, que acabamos de receber não devem ser vendidas, são para recuperar os meios de subsistência que perdemos no ciclone e que os nossos irmãos vítimas de conflitos perderam nas suas zonas de origem. Já não vamos deixar passarem oportunidades de trabalho por falta de material. Vamos cuidar dessas ferramentas da melhor forma possível”.
O projecto em Pemba e Metuge ocorre no âmbito do programa pós-ciclones Mecanismo de Recuperação com implementação liderada e gerida pelo PNUD, em parceria com ONGs, diversos níveis de governo e outras agências da ONU, e financiamento da União Europeia, Canadá, Finlândia, Holanda, Índia, China e Noruega.
No dia 21 de novembro ocorreu o encerramento da Formação Intensiva sobre Apicultura na aldeia de Tratara, em Metuge.
A formação, com carga horária de 35 horas, foi concluída por 20 apicultores beneficiários do Programa Mecanismo de Recuperação de Moçambique (MRF) que debateram temas sobre: noções teóricas sobre apicultura; o que é preciso para ser Apicultor?; como preparar as colmeias; técnicas de povoamento; factores determinantes que influenciam a produção de mel; colheita e processamento do mel; como e onde vamos vender? e as doenças e os inimigos.
Esta acção foi presidida pelo Dr. António Valério Nandanga, Administrador do distrito de Metuge, o Régulo, líderes das aldeias de Nanjua e Tratara, extensionistas do Serviço Distrital das Actividades Económicas (SDAE), comunidade das aldeias de Nanjua e Tratara.
Segundo o Administrador do distrito de Metuge, Dr. António Valério Nandanga, os kits e a formação sobre apicultura vão auxiliar na recuperação económica da comunidade. Ele explicou sobre as vantagens de praticar a apicultura com técnicas que preservam a natureza, evitando queimadas descontroladas e ataques das abelhas. ‘’fico muito feliz por estar presente nesta cerimónia de encerramento deste curso. Nós como Governo estamos muito gratos por essa iniciativa, por esta formação porque temos a certeza de que com os conhecimentos que adquiriram vocês vão se empenhar em produzir o mel. Este projecto visa não só obter a formação, mas pretende-se que com esta formação desenvolvam esta actividade e chamem mais gente. Vocês têm de ter a capacidade de empregar mais gente e no fim do mês pagar o salário a essa pessoa, por isso mesmo a tarefa que vocês tem é muito grande. Vocês vão ser os nossos embaixadores , vocês vão difundir a mensagem de que não devemos queimar a floresta vão também fazer parte do Governo para que as pessoas aprendam a deixar as matas como estão, a proteger a floresta e o meio ambiente para que continuemos a ter abelhas e o mel, porque sem as abelhas e sem a vegetação não vamos produzir o mel. Também vão difundir essa mensagem nas vossas comunidades, não podemos continuar a fazer queimadas porque estas florestas são muito importantes para a nossa vida”disse.
Por sua vez o Eng. Luís Augusto, Coordenador do Projecto, disse, “Quero agradecer em primeiro lugar ao Governo de Metuge, pelo apoio que nos deram na implementação deste projecto que está a ser financiado através do programa Mecanismo de Recuperação de Moçambique (MRF), face aos efeitos negativos do ciclone Idai e Kenneth, portanto nós estamos aqui nesse sentido. Uma das componentes fortes para nós é apicultura no item de empreendedorismo e empregabilidade, a apicultura vai nos dar empresários, nós queremos que saiam daqui empresários e queremos que saiam daqui pessoas que têm capacidade de dar emprego às outras. Por tanto, isto vai ser um negócio, um trabalho de apicultura ligado às florestas, à fruticultura e à agricultura de uma maneira geral, mas que vai ser feito de forma sustentável, tanto economicamente como ambientalmente e socialmente devido às inovações que introduzimos na formação”.
A formação foi ministrada pelo Sr. José Alcobia (Director Técnico da Frutimel), que agradeceu a parceria firmada e avaliou que o curso cumpriu com o objectivo de potencializar as práticas de apicultura e melhorar de forma notável as competências dos apicultores.
O projecto em Pemba e Metuge ocorre no âmbito do programa pós-ciclones Mecanismo de Recuperação com implementação liderada e gerida pelo PNUD, em parceria com ONGs, diversos níveis de governo e outras agências da ONU, e financiamento da União Europeia, Canadá, Finlândia, Holanda, Índia, China e Noruega.
Vinte famílias apicultoras receberam, no dia 11 de novembro, nas aldeias de Nanjua e Tratara, do distrito de Metuge, kits de apicultura disponibilizados pelo Programa Mecanismo de Recuperação de Moçambique (MRF), implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD/ UNDP) e pela FRUTICAD.
Ao todo foram entregues 100 colmeias móveis modelo langstroth, além de macacões, botas (cor branca), luvas, fumigadores, máscaras, cavaletes metálicos com copos protectores, pranchetas excluidoras de rainhas, lâminas de cera para quadros, fumigadores, alimentadores e outros itens.
Para o Coordenador do Projecto, Eng. Luís Augusto, que procedeu a entrega dos Kits, “a apicultura é uma das componentes mais importantes do projecto porque junta a parte económica em termos de dinheiro para vocês, social em termos de alimentação e nutrição para todos e ambiental porque a abelha é dos animais mais importantes que nós temos na terra, se não fosse a abelha não comeriamos muita fruta, principalmente pepino, abóbora, melão e melancia. O projecto é mesmo para promover um rendimento mensal a cada uma das famílias envolvidas, são 20 famílias que nós vamos envolver e se elas corresponderem a 5 pessoas por família são 100 pessoas que nós vamos beneficiar. Vocês estão com uma componente bastante importante, e gostavamos que vocês fossem apicultores piloto a explorar a apicultura de forma sustentável”
“com esses kits nós apicultores teremos uma produção bem melhor de mel, vamos reduzir a caça furtiva das abelhas e sensibilizar outros apicultores a produzir o mel de forma sustentável”, disse, Sr. Aimo Biché.
O projecto em Pemba e Metuge ocorre no âmbito do programa pós-ciclones Mecanismo de Recuperação com implementação liderada e gerida pelo PNUD, em parceria com ONGs, diversos níveis de governo e outras agências da ONU, e financiamento da União Europeia, Canadá, Finlândia, Holanda, Índia, China e Noruega.
Buscando recuperar e fortalecer os negócios afectados pelas mudanças sociais, ambientais e económicas, 4 motos de carga foram entregues pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD/ UNDP) e pela FRUTICAD, no dia 06 de Novembro de 2020, nos bairros de Mahate e Muxara, em Pemba. Estas motos são parte dos kits de resiliência para os grupos de compostagem e foram entregues a 21 famílias beneficiárias (11 em Mahate e 10 em Muxara), das quais, 11 são chefiadas por mulheres e 2 são famílias de deslocados provenientes de Mocímboa da Praia.
Na ocasião, a Coordenadora Técnica do Projecto, Engª. Maria Antonieta Ferrão felicitou os beneficiários pela recepção das motos, que vão melhorar as actividades levadas acabo na composteira.
“Suscitar aos que receberam as motos fazerem bom uso, protegerem de forma que este equipamento tenha o tempo de vida que nós consideramos satisfatório para este equipamento."
O Secretário do bairro de Mahate, Sr. Rodrigues Salimo disse que este equipamento é uma mais-valia para este bairro. "com estas motos vamos conseguir flexibilizar o processo de recolha de resíduos sólidos nos eco-pontos. Não tínhamos meios para chegar aos eco-pontos mais distantes e estes transportes vão nos ajudar muito".
Esta entrega encontra-se enquadrada no Programa Mecanismo de Recuperação de Moçambique que ajuda a acelerar a recuperação e a criar resiliência após a devastação provocada pelos ciclones Idai e Kenneth. Esta iniciativa está a contribuir para a restauração dos meios de subsistência e, ao mesmo tempo, fortalecer a resiliência da comunidade contra futuros desastres, garantindo que a igualdade e a equidade de gênero sejam mantidas no processo.
O Programa Mecanismo de Recuperação de Moçambique é financiado pela União Europeia, Canadá, Finlândia, Holanda, Índia, China e Noruega, com implementação liderada e gerida pelo PNUD, em parceria com ONGs, diversos níveis de governo e outras agências da ONU.