A Representante Residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Sra. Narjess Saidane, visitou no passado dia 15 de setembro os locais de implementação de projectos do Mecanismo de Recuperação – programa do PNUD com atividades implementadas pela Associação de Fruticultores de Cabo Delgado (Fruticad), nas aldeias de Nanjua e Tratara, em Metuge.

Para se inteirar das acções que estão sendo desenvolvidas em parceria com diferentes organizações nacionais e internacionais na Província de Cabo Delgado foi efectuada uma visita conjunta entre os Representantes das Nações Unidas e o Governo de Moçambique, alargado ao PNUD, a Organização Internacional para Migração (OIM), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Fundo das Nações Unidas para as Populações (UNFPA), a Associação Moçambicana de Reciclagem (AMOR), FRUTICAD, a Agencia de Desenvolvimento Económico Local de Cabo Delgado (ADEL CD), FRUTICAD, Fundação AVSI, entre outros parceiros de implementação. 

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A primeira parada se deu na aldeia de Nanjua, onde habitam cerca de famílias, todas assistidas pelo PNUD. A concentração teve lugar na sede da aldeia, o Secretário Permanente do distrito de Metuge, Sr. Chande Buanzure, cumpriu com as honras da casa, passando a palavra ao Líder da Aldeia. “Muito obrigado, eu me chamo Jonas Dulece, líder desta aldeia. Nós fugimos da antiga aldeia por causa da chuva. Através do apoio do Governo, conseguimos sair de Nanjua, para a Escola Primária de Taratara e depois, para o espaço que ocupamos actualmente, onde cada família ocupa uma área de 20X40. Por tanto, agradecemos aos Governos Provincial e Distrital pelo esforço que fizeram para nos ajudar, inclusive aos parceiros que através do Governo nos ajudaram. Neste momento, conforme estão a ver as casas tem coberturas de chapas de zinco, recebemos cimento, blocos e barrotes”.

Guiados pelo representante da Fundação Wiwanana e do Fundo das Nações Unidas para as Populações (UNFPA) em Moçambique, foram apresentados os pontos focais e os activistas do projecto, que visa a apoiar um grupo de mulheres e raparigas para promover sessões de consciencialização à violência baseada no género (GBV) e culturais, incluindo actividades de geração de renda e habilidades para a vida.

O UNFPA, levou-nos a conhecer uma tenda com duas (2) máquinas de costura, um grupo de boleiras e de mulheres que trançam mechas, actividades que servem de geração de renda para as mulheres.

O segundo destino nessa visita, foi a aldeia de Taratara. Neste local, a comitiva conheceu o grupo de Oleiras constituído por dez (10) mulheres idosas e chefes de famílias, onde oito (8) são viúvas e duas (2) casadas. “Grande parte dos programas que são implementados na comunidade, tem como beneficiários jovens, homens e mulheres adultos, deixando de lado as mulheres de terceira idade. Durante o nosso levantamento identificamos mulheres com faixa etária dos 45 a 70 que praticam a olaria e decidimos investir nessa área. Além de estarem envolvidas no trabalho temporário vão se beneficiar de pequenos kits”, disse Eng° Abdul Manafe, Oficial de Campo da FRUTICAD.

Agradecemos porque, quando vieram foram solicitados jovens mulheres, jovens homens para se enquadrar no projecto, a fazer limpeza e por dia tem benefícios monetários de 200 meticais. Por outro lado, levaram também mulheres idosas que trabalham com barro. Este projecto deve ir além, porque aquele subsídio que recebem compram o que lhes tem feito falta, há certas velhas que compraram capulanas, conseguiram comprar pratos, assim, ficamos contentes e estamos a louvar o projecto”, agradeceu o Sr. Xavier Bichehe, líder da aldeia de Taratara.

Como forma de fechar o encontro, o representante do governo agradeceu e teceu algumas palavras “muito obrigado, e estou a ver que tem muita juventude, é melhor mesmo abraçarem um projecto como este, é muito bom abraçar para depois ser referência na comercialização de mudas e aproveitarmos esse apoio que o Governo está a nos dar. Mas, também vocês sabem que a nossa Província está numa situação em que é preciso sermos sempre vigilantes para esse projecto ir mais à frente”.

Estas actividades decorrem com a parceria do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no âmbito do Programa Mecanismo de Recuperação de Moçambique e é financiado com o apoio da União Europeia, Canadá, Finlândia, Holanda, Índia, China e Noruega.

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