No dia 21 de novembro ocorreu o encerramento da Formação Intensiva sobre Apicultura na aldeia de Tratara, em Metuge.

A formação, com carga horária de 35 horas, foi concluída por 20 apicultores beneficiários do Programa Mecanismo de Recuperação de Moçambique (MRF) que debateram temas sobre: noções teóricas sobre apicultura; o que é preciso para ser Apicultor?; como preparar as colmeias; técnicas de povoamento; factores determinantes que influenciam a produção de mel; colheita e processamento do mel; como e onde vamos vender? e as doenças e os inimigos.

Esta acção foi presidida pelo Dr. António Valério Nandanga, Administrador do distrito de Metuge, o Régulo, líderes das aldeias de Nanjua e Tratara, extensionistas do Serviço Distrital das Actividades Económicas (SDAE), comunidade das aldeias de Nanjua e Tratara.

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Segundo o Administrador do distrito de Metuge, Dr. António Valério Nandanga, os kits e a formação sobre apicultura vão auxiliar na recuperação económica da comunidade. Ele explicou sobre as vantagens de praticar a apicultura com técnicas que preservam a natureza, evitando queimadas descontroladas e ataques das abelhas. ‘fico muito feliz por estar presente nesta cerimónia de encerramento deste curso. Nós como Governo estamos muito gratos por essa iniciativa, por esta formação porque temos a certeza de que com os conhecimentos que adquiriram vocês vão se empenhar em produzir o mel. Este projecto visa não só obter a formação, mas pretende-se que com esta formação desenvolvam esta actividade e chamem mais gente. Vocês têm de ter a capacidade de empregar mais gente e no fim do mês pagar o salário a essa pessoa, por isso mesmo a tarefa que vocês tem é muito grande. Vocês vão ser os nossos embaixadores , vocês vão difundir a mensagem de que não devemos queimar a floresta vão também fazer parte do Governo para que as pessoas aprendam a deixar as matas como estão, a proteger a floresta e o meio ambiente para que continuemos a ter abelhas e o mel, porque sem as abelhas e sem a vegetação não vamos produzir o mel. Também vão difundir essa mensagem nas vossas comunidades, não podemos continuar a fazer queimadas porque estas florestas são muito importantes para a nossa vida”disse.

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Por sua vez o Eng. Luís Augusto, Coordenador do Projecto, disse, “Quero agradecer em primeiro lugar ao Governo de Metuge, pelo apoio que nos deram na implementação deste projecto que está a ser financiado através do programa Mecanismo de Recuperação de Moçambique (MRF), face aos efeitos negativos do ciclone Idai e Kenneth, portanto nós estamos aqui nesse sentido. Uma das componentes fortes para nós é apicultura no item de empreendedorismo e empregabilidade, a apicultura vai nos dar empresários, nós queremos que saiam daqui empresários e queremos que saiam daqui pessoas que têm capacidade de dar emprego às outras. Por tanto, isto vai ser um negócio, um trabalho de apicultura ligado às florestas, à fruticultura e à agricultura de uma maneira geral, mas que vai ser feito de forma sustentável, tanto economicamente como ambientalmente e socialmente devido às inovações que introduzimos na formação”.

A formação foi ministrada pelo Sr. José Alcobia (Director Técnico da Frutimel), que agradeceu a parceria firmada e avaliou que o curso cumpriu com o objectivo de potencializar as práticas de apicultura e melhorar de forma notável as competências dos apicultores.

O projecto em Pemba e Metuge ocorre no âmbito do programa pós-ciclones Mecanismo de Recuperação com implementação liderada e gerida pelo PNUD, em parceria com ONGs, diversos níveis de governo e outras agências da ONU, e financiamento da União Europeia, Canadá, Finlândia, Holanda, Índia, China e Noruega.

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